quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Das quatro estações


Quando o sentimentalismo vai embora
Satisfeito depois de se alimentar dos meus sonhos
O que sobra é a frieza, arrogância e petulância
Do meu racionalismo

Quando o racionalismo se cansa
Da minha tristeza originada pela minha descrença
Lentamente novos sonhos brotam
Atraindo o calor e a vida do sentimentalismo

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Válvula de escape


Às vezes eu me pergunto
Para quê tanto poema?
E uma vozinha me responde:
Para entornar as decepções, anseios e alegrias.

Da matéria-prima


Decidiu do nada
Que ia fazer poesia:
Começou a catar cada pedacinho de si
Para tentar encaixá-los no dicionário.